O mito da marca

Para entender bem o conceito de Branding, primeiro é preciso entender claramente a idéia de Marca. Muita gente ainda confunde marca com logomarca, com logotipo...

A marca não é uma logomarca. A logo é a representação gráfica de uma marca.

A marca também não é um produto. Ou uma empresa.

A marca é aquilo que o consumidor, o cliente, sente a respeito de um produto, de um serviço ou de uma empresa. A marca é a percepção que o cliente desenvolve, sua reação à simbologia, aos grafismos, ao conceito da marca.

Bem resumidamente, a marca não é aquilo que a empresa fala; a marca é aquilo que o consumidor ouve.

A experiência de consumo, o prazer ou satisfação obtidos, a percepção visual e tátil, a forma como a comunicação ecoa na experiência pessoal do consumidor, seu nível de comparação com outros produtos, tudo isto soma-se para formar, em cada um dos consumidores de um produto ou serviço, sua visão daquela marca. E esta visão é que constitui a marca para ele. Isto explica porque o Marketing de Relacionamento é tão importante.

O Branding, esta disciplina do Marketing que trata da construção e proteção da marca, ganha - assim - contornos significativos. Dá para perceber que, ao contrário do que alguns afirmam, Branding não é design, não é manualização, não é padronização.

Estas são etapas indispensáveis. É preciso ter uma formatação gráfica da marca, é claro.
Mas é preciso muito mais que isto. É preciso conceito, é preciso espírito, é preciso atitude. A marca é o maior patrimônio de qualquer empresa; é ela o único diferencial competitivo continuado, em muitos casos, em segmentos nos quais produtos e serviços são quase comoditizados. A filosofia que rege a vida de uma marca, a qualidade do relacionamento que a marca desenvolve com seus públicos-alvo, a atitude que define sua comunicação, tudo isto é Branding.

A marca não é o que está desenhado no cartão de visitas. A marca é o que o Cliente acredita que ela é capaz de fazer.