Marketeiro do Ano

Participantes do Conferência Anual da Associação Nacional de Anunciantes americana escolheram, no último final de semana (de 17 a 19 de outubro), Barack Obama e sua equipe como "Marketeiros do Ano". Isto é, foi o mais votado como o vencedor do CMO (Chief Marketing Officer) Choices Award, promovido pela Advertising Age, premio que busca destacar o melhor esforço de marketing do ano.

Já falamos, aqui, sobre a Obamania que surgiu sob um cuidadoso trabalho de marketing. Nada mau para um afro-americano jovem, quase desconhecido até há pouco, concorrendo pela primeira vez (e em seu primeiro mandato como senador), com um nome muito estranho para os americanos (e ainda com o fato de que seu nome do meio é Hussein).

Mas a competência do trabalho apareceu. Primeiro, um grande grupo de conselheiros. Depois a contratação de Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, para criar a estratégia e as ações online; este foi um diferencial que os concorrentes não conseguiram alcançar. Além de criar a própria rede social Obama, a internet tornou-se a maior ferramenta de arrecadação desta campanha, ao ponto de Obama ter dispensado o financiamento público de campanha. E está entrando dinheiro aos montes.

E o trabalho de marketing segue à risca as melhores cartilhas: unidade visual, frequência e acumulação. Uma preocupação rígida com a marca, visível em todos os materiais, e intenso uso das mídias são o tom. Pra se ter uma idéia, Obama gasta, em média, 2,8 milhões de dólares por dia em anúncios (o dobro de McCain), e usa intensivamente a internet, com inteligência.

O resultado: liderança nas pesquisas e, agora, Marketeiro do Ano. Nada mau...