terça-feira, 19 de maio de 2009

As desventuras da Wired

A Wired é uma destas revistas que surfaram muito bem a onda da internet e das tecnologias digitais. É uma referência, em papel, muito bem conectada com o que está acontecendo, de uma forma cheia de personalidade.

Em 2001, Chris Anderson foi contratado pela editora da revista, a Condé Nast, como editor-chefe da Wired. De lá pra cá, conseguiu elevar a tiragem em mais de 30%, alcançando os mais de 700 mil exemplares mensais. A revista é um sucesso editorial, ganhou três National Magazine Awards este ano e, quando o o blog Gawker fez uma enquete para ver qual revista da Condé Nast deveria sobreviver, a Wired ganhou.

Mas a revista é um fracasso comercial. O número de páginas de anúncios vem caindo sistematicamente; em maio, foram apenas 38 páginas, o pior resultado da história da Wired. O New York Times fez uma matéria, recentemente, sobre o impacto da economia na revista; pequena demais, no cenário editorial internacional, para dar sustentação a grandes campanhas, e não geek o suficiente para atrair os anunciantes específicos de tecnologia, ela fica sujeita ao mercado voltado para o charme. Nesta última edição, havia um anúncio de pia de cozinha e uma das sandálias Havaianas.

Aí fica a pergunta: para onde vai a Wired?

Nenhum comentário: