David Droga, o fundador da pequena agência localizada em Nova Iorque, é um australiano que não se encaixa no modelo dos publicitários da velha escolha, egos gigantes e cheios de lições pretensiosas. Com menos de 40 anos, David tem uma visão crítica interessante sobre o mercado. E, como seu discurso é parecido com o que a Latitude tem construído nestes poucos meses (sem qualquer intenção de nos comparar com David, mas com a grande pretensão de defender que estamos na mesma canaleta de pensamento da Droga5), transcrevo aqui algumas frases de uma recente entrevista:
“Não tenho nada contra o comercial de 30 segundos, nem contra as agências tradicionais, nem vou revolucionar nada. Quero apenas fazer algo melhor. O que aconteceu é que eu tinha um cargo absolutamente burocrático e árduo. Passava três semanas por mês viajando ao redor do mundo. Não vou mudar a publicidade. Só que antes a propaganda de massa — TV e mídia impressa — andava sozinha em uma grande avenida. Agora essa avenida ganhou novas travessas e ninguém sabe ao certo qual direção tomar”.
“Essa nova estrada ainda está sendo construída. E nós sabemos que ter mais opções é um problema tanto para quem cria quanto para quem consome as mensagens. Esta é a chave, e o que muda a publicidade hoje em relação ao que ela era há algum tempo.”
“Os clientes querem que suas agências sejam mais inteligentes não apenas criativamente, mas estrategicamente. E é isso que estamos tentando fazer. Nem todos os clientes estão preparados para sair da zona do conforto, mas eles sabem que, se não partirem para a ação, o concorrente o fará. Além disso, eles sofrem pressão por parte de seus acionistas e do próprio mercado para fazer algo. Não é simplesmente uma questão de fazer diferente, mas fazer certo.”
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