Ouvi, passando por perto da TV, um comercial de remédio que me deixou espantado. O produto é a Neosaldina, um remédio antigo, há mais de 30 anos no mercado (fui pesquisar, é claro...), indicado contra os sintomas da gripe.
O comercial baseia-se num trocadilho: "gripe? Chame a Neusa." A neusa é a Neosaldina...
Não vou nem discutir o bom gosto (?) da idéia. Mas não posso concordar, de jeito nenhum, com a facilidade que este comercial adotou de fazer piadinha com a marca. Na minha visão, a empresa cedeu à piadinha fácil, acreditando que vai alavancar as vendas, e não olhou para o prejuízo de longo prazo com a deterioração da marca. Até consigo ver o pessoal do Cliente e da agência discutindo a vantagem de aumentar a memorização da marca, com o trocadilho.
Pra mim, isto é o anti-branding.
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Um comentário:
Olha, meu pai toma Neosaldina há muito tempo (pelo menos 15 anos), e ele sempre fez a mesma piada. Chamar a Neosaldina de Neusa.
Não sei se deteriora o nome, mas talvez exista um fundamento, uma pesquisa que diga que esse trocadilho realmente acontece com os consumidores. Se acontence mesmo, então a camapanha até tem um fundamento.
Agora, a longo prazo, não sei até onde a piada pode ir.
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