segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os intervalos comerciais da TV paga

O mestre Alex Periscinotto, em seu blog, comenta o descontrole dos intervalos comerciais da TV a cabo, uma praga que parece estar piorando. Ele diz:

"O publicitário adoraria que fosse ao contrário, mas o fato real é que ninguém liga a tv ou o rádio pra assistir e ouvir comerciais. Assim como ninguém folheia um jornal ou revista pra ler anúncios.

o intervalo comercial é a hora da verdade não só pro publicitário que criou e produziu a peça, pro anunciante que pagou e também pra emissora que depende da publicidade e da audiência pra se viabilizar financeiramente como empresa independente. Assim, a formatação desses preciosos minutos exige profissionalismo, sabedoria comercial e principalmente visão de telespectador por parte da emissora. Ou seja: ela tem que buscar uma calibragem inteligente de forma a não estressar seu público com intervalos que afogam a capacidade de retenção de mensagens. Quando isso acontece, marcam-se 3 gols contra de uma vez só: 1- contra a própria emissora que perde audiência pois o telespectador é escorregadio e zapeia rapidinho pro outro canal; 2- contra o anunciante que se frustra ao ver seu comercial jogado numa imensa vala comum que pulveriza a capacidade de impacto e memorização do seu recado; 3- contra o conceito de publicidade porque, ao picotar excessivamente os programas, cria-se um anticlima levando o telespectador a associar os intervalos comerciais como obstáculos à sua diversão.

E intervalo não é pra isso. Ele não pode tirar o prazer do entretenimento, tem que manter o divertimento, as emoções gostosas e não provocar o grrr de mau humor. É importante dizer que isso quase não acontece nas tevês abertas que já aprenderam a temperar seus espaços comerciais com equilíbrio. Mas nas emissoras a cabo (exceção aos canais de filmes que concentram os comerciais antes e depois, nunca durante), haja disposição pra ver 3 minutos de programa por 8 de intervalo."

Eu gostaria de ter certeza de que as emissoras de TV a cabo lerão este texto.

Leia o Blog do Periscinotto, aqui. Encontrei a referência no sempre interessante ComGurus.

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