A AdvertisingAge publicou, esta semana, matéria sobre uma extensa pesquisa feita pela OgilvyAction com 14 mil consumidores em todo o mundo, 6.200 dos quais nos EUA. A pesquisa abordava consumidores antes de sua entrada em lojas e depois falava com os mesmos clientes na saída, para descobrir suas intenções de compra e para avaliar as compras efetivamente realizadas.
Os dados encontrados mostram que 39,4% dos clientes (nos EUA) decidem apenas dentro da loja a marca do produto que vão comprar. Cerca de 10% dos consumidores muda sua intenção, em relação à marca, dentro da loja; 29% compram produtos de categorias que não tinham a intenção de adquirir quando chegaram e cerca de 20% deixam na prateleira um produto que tinham a intenção de comprar. No total, o estudo mostra que 72,4% dos consumidores faz uma em cada quatro decisões de compra já dentro da loja.
Muita gente - incluindo a próprio AdAge - viu estes dados como uma correção da famosa pesquisa feita em 1995 pela Meyers Research Center para o Popai - Point of Purchase Advertising Institute. Esta pesquisa tem sido utilizada e mencionada pelo mundo afora para validar teorias e serviços de marketing de ponto-de-venda; em resumo, ela dizia que cerca de 70% das decisões de compra são feitas já dentro da loja. Alguns críticos clássicos do Popai aproveitaram para dizer que este número sempre foi visto como muito alto e irreal. O Popai, de outro lado, declarou à Advertising Age que mantém sua opinião sobre o assunto e que considera sua pesquisa - e os estudos que vem conduzindo desde aquela época - como plenamente válidos.
E disse que recebe muito bem o estudo da OgilvyAction, porque soma-se aos esforços de entender a psicologia de compras e para desenvolver o marketing de ponto-de-venda.
Uma coisa ficou clara na nova pesquisa: a grande maioria dos clientes pesquisados disse que a distribuição de amostras (sampling) e a forma de apresentação de produtos influencia direta e fortemente as decisões de compra, bem mais que ofertas de preço!
Todos estes estudos tem produzido um forte e contínuo crescimento no marketing de ponto-de-venda, que já alcança cerca de 21% das verbas de comunicação. A Procter & Gamble, por exemplo, acaba de rever seu composto de comunicação e orientou um crescimento nas verbas de comunicação no varejo. E isto reflete uma posição que vem crescendo na indústria americana.
Para terminar, uma conclusão da OgilvyAction, expressada por Jeff Froud, executivo de planejamento do grupo: "A boa notícia para o pessoal de marketing é que apresentaçãod e produto e distribuição de amostras pode construir valor para a marca (brand equity). Não importa por que cartilha você aprendeu, quando estudava Marketing, promoções de preço não conseguem construir brand equity e, em alguns casos, podem ser destruidoras de marca".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário